sábado, 30 de janeiro de 2010

o gosto de lágrimas nas madrugadas...

"O gosto de lágrimas chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos. O gosto de café sem açúcar acompanhava manhãs de ressaca e tardes na agência, entre textos de publicidade e sustos a cada vez que o telefone tocava. Porque no meio dos restos dos gostos de vodca, lágrima e café, entre as pontadas na cabeça, o nojo da boca do estômago e os olhos inchados, principalmente às sextas-feiras, pouco antes de desabarem sobre mim aqueles sábados e domingos nunca mais com Ana, vinha a certeza de que, de repente, bem normal, alguém diria telefone-para-você e do outro lado da linha aquela voz conhecida diria sinto-falta-quero-voltar. Isso nunca aconteceu."

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

um cigarro e a bebida mais forte que tiver, por favor

domingo, 10 de janeiro de 2010


Bebeu um pouco, chorou um pouco, ouviu uma música em que o cara dizia pra garota que pela manhã ligaria pra ela, chorou mais um pouco, lembrou de algo que havia sentido antes e que era bem parecido com o agora

Bebeu muito, chorou muito, ouviu uma música em que o cara dizia pra garota que, com ele o seu amor estaria seguro, chorou mais ainda, lembrou de algo que havia sentido antes e que era exatamente igual com o agora

Seis e quarenta da manhã, ficou sóbrio, lágrimas secaram, em silêncio, lembrou de uma música em que o cara dizia pra garota ficar bem, apesar dela não ter ficado com ele. Não conseguiu sentir mais nada, até que no rádio toca uma canção que diz que o amor que você dá é o amor que você recebe.

Não concorda com isso, concordando.

Amanheceu.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2009 foi um ano bonito, da metade do ano pro fim do mesmo, aprendi tanto, segurei tanto, cedi, deixei ir, alguns chamam isso de evolução, eu chamo de passar o tempo com mais leveza, sem tanta dureza.

Ok, não sou a pessoa mais otimista do mundo, meus amigos estão na maior parte do tempo fodidos; dramas pessoais, romances, drogas, doenças, perdas, mas eles são pessoas bonitas, seguram a onda, sossegam, se regeneram, mesmo que não seja pra sempre.

Nessa manhã, um deles (dos amigos) deu a boa notícia que vem mais um bebê abrilhantar o mundo. Esqueci os problemas, os olhos marejaram, sorriso ficou largo.
É uma nova vida, é um dos nossos, é um ponto de fé a mais pra se apegar, é mais amor, love is love.

Que venha a primavera, sr(a) bolotinha

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

[00:38] Bruno - Je repars à zéro...:
Acabei de assistir o final da 4ª temporada de Dexter.

[00:39] Bruno - Je repars à zéro...:
Tô aqui surpreso na frente do notebook

[00:39] Bruno - Je repars à zéro...:
Fiquei uns 5 minutos sentado olhando pro nada

[00:40] jane:
hahaha

[00:40] jane:
isso é bom

[00:40] jane:
queria algo assim

[00:40] jane:
pra hoje

[00:53] Bruno - Je repars à zéro...:
Mas enfim... alguma novidade nas ultimas horas?

[00:53] jane:
nadinha

[00:53] jane:
tudo igual

[00:53] jane:
tão igual que to até ouvindo radiohead

[00:54] Bruno - Je repars à zéro...:
HUAHUAHUAHUA