sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Insônia!

Há dias não sentia problemas pra dormir. Talvez por estar mais tranqüila. Talvez pelas medicações. Não sei.
Mas hoje fritei, fritei, fritei e fritei. Onze horas e nada.
Aí veio a nostalgia. O silêncio da noite. As lembranças zombando da minha cara. E eu sei o nome e sobrenome disso tudo.
Fui fazer tudo de novo. Peguei uma carteira de Marlboro guardada há alguns dias,
intacta. Fui pra varanda, acendi o cigarro e traguei fundo enquanto olhava o céu. A diferença é que aquele céu é outro.
Então não senti nada e tentei dormir novamente. Nada de emoção, um pouco de cansaço. Quem sabe, sono...

01:04 da manhã

Nada!
Levanto e vou até a geladeira, pego a garrafa de vinho que comecei a tomar com ele há meses atrás. A mesma da qual só tomei uma taça por já me sentir alta e com sono. Ele confirma.
Varanda, marlboro, dois goles do vinho.
Assim eu durmo.

02:00 da manhã

O jeito é ir mais fundo. Marlboro, céu, vinho, Super Furry Animals - Fire in My Heart no repeat.
A tática era simples, eu choraria tanto que ficaria com sono em alguns minutos.


E agora são 03:50, não cheguei a cochilar sequer. Guardei o cigarro, vinho, mp3, voltei pro quarto.
Peguei um dvd aleatoriamente de Grey’s Anatomy. O primeiro episódio era justamente o que o Derek faz sua escolha. Depois do episódio, chorei por um bom tempo no quarto escuro, tentando dar um sentido pras coisas. Claro que, em vão.
Só vejo sentido em alguma coisa quando leio Caio, quando ouço Dylan ou Velvet Underground, quando vejo minhas sobrinhas dormindo ou quando tiro uma foto.

Nesse momento, me vi tendo que escolher entre arriscar o desconhecido ou continuar tranqüila e sem muitos dramas.
O que quero dizer é que, esses minutos que antecedem uma decisão são fodas.
Eles te deixam com insônia, fazem você fumar, beber, ouvir músicas que partem o coração.

Depois de tudo isso há um certo alivio, uma certa esperança de estar fazendo a coisa certa. Uma não culpa incluída nisso tudo.
A verdade é que eu nunca quis ficar tão bem como agora. Nunca quis ficar tão sóbria. Nunca quis pensar menos. Nunca quis conseguir começar e terminar algo. Nunca estive tão lúcida como agora. Nunca quis fazer a coisa certa.
Como estou fazendo agora.

Nunca estive com tanto sono.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu vou evitar um conselho por aqui...hoehoehoeoh... aah e o tal iver eu baixei ontem, coincidencia...uiuiui